E.E.I abre discussão sobre a criação de uma Rede de Cultura específica para espaços independentes

“Quando nos lembramos das casas, dos aposentos, aprendemos a morar em nós mesmos”. (Bachelard)
 
Independente ou morte? A frase pintada na parede da Casa da Ribeira, cai como luva e deságua nos cantos de todos os espaços independentes que estão no E.E.I – Encontro dos Espaços Independes de Cultura que acontece a próxima quarta-feira (01) na Casa da Ribeira em Natal.  Desde domingo, 25 espaços independentes de todas as regiões brasileiras – com a presença do Espaço Crear Vale de La Pena da Argentina – fazem um intercâmbio de idéias e levantam sugestões sobre o cotidiano e o destino de suas atividades. A idéia principal do Encontro é formar uma Rede que possa discutir a existência dos espaços culturais independentes em diferentes esferas, além de tentar compreender melhor as políticas públicas culturais. Para alavancar a discussão e começar a tecer a grande rede, foram lançados temas propostos pelos próprios participantes como “Espaço e Cooperação”, “Minha Sede, Minha Vida: Programa de Sedes Próprias”, “Espaço: Vocação, gestão e sustentabilidade”, “Espaço e Comunidade” e “Que espaço queremos?”. A partir desses temas, sugestões e inquietações surgiram como a profissionalização dos espaços, gestão, vocação, além da necessidade que os grupos sentem de uma melhor articulação política.
No grupo “Minha sede minha vida” a discussão girou entre o fazer artístico e os cuidados administrativos que os espaços tem. Na ocasião foi repensado o sentido da independência, quando os editais públicos são foco da maior parte dos espaços. “Será que somos mesmo independentes”, levantou Anderson Foca do Centro Cultural DoSol.   Todos os levantamentos foram costurados com os relatos pessoais de cada representante, numa troca de idéias e sugestões. No encerramento das discussões, Sueli Lima representante da Casa das Artes da Mangueira (RJ) lançou a pergunta, “Que lugar queremos ser?” Para ela no lugar da palavra independente precisamos pensar a “Inter – relações”. “Precisamos ser Inter independentes e pensar as relações em interações e intercâmbio”. 
 
FUNARTE/ MINC – NE Jorge Clésio, Tarciana Portela, Armazém 14, PE / Paula de Renor; Atelier Subterrânea, RS /Lilian Maus Junqueira; Casa das Artes da Mangueira/ Sueli Lima (RJ), Campo das Artes, PR/ Luiz Alberto Melo; Casa da Arte de Educar, RJ/ Sueli de Lima Moreira; Casa Rua da Cultura, SE/ Lindemberg Monteiro da Silva; Centro Cultural DoSol, RN / Anderson Foca; Centro Cultural Piollin, PB/Ana Luisa dos Santos Camino; Conexão Felipe Camarão, RN/ Vera Santana; Fundação Brasileira de Teatro, DF /Francis Wilker de Carvalho; Fundação Casa Grande Memorial do Homem Kariri, CE / Francisco Alemberg de Souza Lima; Galpão Cine Horto, MG/ Francisco Paulo Pelúcio; Galpão das Artes, PE/ Fábio André de Andrade Silva; Instituto Ludovicus, RN/ Daliana Cascudo; Espaço Alpendre, CE /Francisco das Chagas Miranda Alves; Espaço Capacete, RJ / Helmut Batista; Espaço Crear Vale La Pena, Buenos Aires, AR/ Maria Florencia Rivieri; Espaço Cubo – Fora do Eixo, GO/ Felipe Altenfelder Silva; Espaço Muda, PE / Paulina Albuquerque; Espaço Mundo, PB/ Rayan Lins Cordeiro; Espaço O Barco, SP/ Gabriel Bezerra Pinheiro de Souza; Espaço Trilhos do Teatro, PI / Francisco Antônio Vieira(Pelle); Teatro Cuíra, PA /Wladilene de Souza Lima e Teatro Vila Velha, BA/ Vinicio de Oliveira.

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E.E.I Entre inspirações e desejos, a resistencia!

Desenhos, desejos, instalações e olhos atentos para transformar. Isso não é poesia, e sim, um resumo da manhã do primeiro dia do Encontro de Espaços Independentes de Cultura em todo o Brasil e da América Latina. Com palavras e sonhos, a abertura do Encontro reuniu as expectativas dos 25 participantes através de diferentes maneiras de expressões transcritas em cartazes com giz de cera e esperança.

O encontro, inédito, que acontece até a próxima quarta-feira (01) na Casa da Ribeir,a é reflexo do amadurecimento dos gestores da Casa numa busca de construir e implementar uma rede social entre instituições de cultura com perfil independente. “Existem tantos trabalhos importantes e isolados no Brasil que o Encontro é uma forma de dialogar e buscar desembaçar a vista para repensar que independência é essa que temos.”, dispara Henrique Fontes, diretor da Casa da Ribeira.

No primeiro momento do encontro, cada representante apresentou sua realidade e o que espera dos próximos dias. Na visão de Francisco Paulo Pelúcio representante do Espaço Galpão Cine Horto – MG, o Encontro é fundamental para pensar a criação e o funcionamento dos espaços ditos independentes. “Ao mesmo tempo em que a gente pensa em criar independências, pode outros tipos de dependências e sair desse isolamento. Às vezes tentamos criar a roda sozinho e o colega do lado já criou faz tempo”, disse.

Nas palavras do representante da Funarte, Jorge Clésio, “é um marco na existência e na sobrevivência da cultura a abertura de um diálogo entre os espaços desta maneira. E isso muda a realidade, muda a nossa esperança”, ressaltou. Entre todas as palavras ditas nas expectativas, a palavra rede foi a mais forte. Como colocou a representando do Ministério da Cultura (NE) Tarsiana Portela, “de rede em rede a gente se balança”. Para deixar clara a importância de diálogos como este que o Encontro proporcionará. “Precisamos pensar juntos o que nós podemos fazer. Estamos vivos, quicando, atentos. O que não podemos ser é moeda de troca”.

Luiz Melo, ator e criador do espaço Campo das Artes – PR, sentiu a necessidade de criar um espaço dentro de sua cidade natal, Curitiba, na tentativa de recuperar e preencher o vazio que sentia com a falta de uma força cultural na cidade. “Falta público para todas as linguagens artísticas. Às vezes penso que as pessoas têm um pouco de preconceito de consumir a cultura local. Isso é uma preocupação geral. E estamos tentando mudar essa realidade. Por isso, estou encantado em ouvir todas as pessoas. Pois estamos num mesmo barco e é fundamental a criação desta rede e a troca de idéias para fortalecer nosso trabalho, nossos sonhos”, disse.

O encontro continua até a próxima quarta-feira (01), quando o resultado será a construção de um documento para ser distribuído em todas as esferas que têm relação direta com as ditas instituições que produzem arte independente.

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Para a rede balançar

Interligar os morros, os sonhos, as cidades

Acende-los de afetos

Ter a necessidade de articulações como o corpo humano

E saber que o fio é tênue

Esse mesmo que tece a rede

Embala canções, distrações, medo e preenche vazios

Embala a vida

Arde

Acende aos poucos os pedaços do tempo

Como o fogo

Tempo?

Os fios têm urgência

Não sabem durar

Mas permanecem

Que rede eles querem tecer?

De que cor?

Que tamanho?

Seria uma rede que transcende o mar?

Ou faz tempestades?

Existir

Esta talvez seja a única certeza dos espaços

Que vivos

Sentem febre

Aquecem a roda

Giram

Embriagam-se com o perfume da revolução derramado em suas peles

Os espaços desejam mais

Adquiriram com o tempo o poder de andar devagar

Por saber que correr pode corroer os pés

Os espaços precisam de mais espaços

Para preenchimentos

Cor de vida

Cor de peles

Incensado com o cheiro das pessoas desse mundo

Dos Centros cheios de sol, dos piolins,  das Conexões de Felipe Camarão e das fundações que levam o nome desse Brasil imenso, das Casas Grandes aos Homens do Cariri, dos Galpões e dos Hortos e das Artes, dos Ludovicus, dos Alpendres, dos Capacetes, das cabeças pensantes e ardentes, dos Crear que valem de La Pena,  dos Cubos e dos pensamentos Fora do Eixo, que transcendem a rede, dos espaços Mudos e os que Mudam sempre e os que Mundo, de dentro do Barco ou nos Trilhos, na Cuíra de um teatro infinito e das Vilas Velhas espalhadas por esse Brasil e por essa América Latina que não param de jorrar em criações, ardores e vida.

E que são independentes, pois independente de qualquer coisa eles existem e resistem!

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Uma rede de espaços ligados pelos fios invisíveis da coragem e da vontade de fazer cultura na América Latina 

No primeiro dia do Encontro de Espaços Independentes – E.E.I, a dinâmica foi trocar ideias, olhares e sugestões diante de diferentes temas lançados pelos próprios participantes. Entre “Minha sede minha vida”, “Que Espaço nós Queremos?” e “Espaço e Comunidade”, os assuntos costuraram ideias, caminhos e principalmente o questionamento aquecido pela palavra “independente”.

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Crédito: Jomar Dantas

O brinde dos participantes a abertura de diálogos de Espaços Independentes Culturais de Norte a Sul do País e da Argentina.

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Abertura do I Encontro de Espaços Independentes

Foto: Jomar Dantas

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Portas e Artes abertas para o E.E.I

“nosso grande desafio é recuperar o espanto” – Edson Silva (presidente da Casa da Ribeira)

As tintas, os desejos e a realidade de 25 espaços culturais independentes brasileiros e latino americanos uniram-se num só lugar na noite de domingo (28). Esta é a data e o marco de abertura do I Encontro de Espaços Independentes Culturais – E.E.I promovido pela Casa da Ribeira. O encontro, que acontece até a próxima quarta-feira (01), é inédito e se propõe a discutir o cotidiano, o pensamento e o fazer artístico destes espaços culturais que buscam manter a arte em circulação acima de qualquer dificuldade.

O jantar de abertura foi na verdade um brinde à resistência. Para ilustrar o brinde, as luzes foram apagadas e com luzes negras acesas, os nomes dos espaços participantes foram revelados nas paredes. Da mesma maneira, cada pessoa estava carimbada com tinta invisível e formou-se então um abraço coletivo de idéias e propostas.

No discurso de boas vindas, o presidente da Casa da Ribeira, Edson Silva deu o recado. “Estamos de portas e artes abertas. E o encontro foi pensado para que nossas dúvidas, questionamentos e angustias pudessem ser compartilhadas. Precisamos recuperar o espanto. Esse é o grande prazer de se fazer arte, multiplicar”, disse em tom emocionado.

Na sequência, a representante do Ministério da Cultura NE – Tarciana Portela, reafirmou as palavras de Edson e disse, “de rede em rede a gente se balança”. Para deixar clara a importancia de diálogos como este que o Encontro proporcionará. “Precisamos pensar juntos o que nós podemos fazer. Estamos vivos, quicando, atentos. O que não podemos ser é moeda de troca”, ressaltou.

A programação começa nesta segunda (29) com troca de experiência, dinâmicas e exposição dos desafios durante manhã e tarde. E segue até a quarta (01).

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Encontro reúne principais Espaços Culturais Independentes do Brasil e da América Latina na Casa da Ribeira em Natal

Interromper o cotidiano e provocar um momento de reflexão na prática de 25 Espaços Independentes que pensam e fazem cultura em todo o Brasil e na América Latina. Estes são verbos e ações que movem o I Encontro de Espaços Culturais Independentes – EEI – que acontece do dia 29 de novembro até 01 de dezembro na Casa da Ribeira.

 O encontro, inédito, é reflexo do amadurecimento dos gestores da Casa da Ribeira num diálogo com a FUNARTE, numa busca de construir e implementar uma rede social entre instituições de cultura com perfil independente. “O desejo de reunir todas essas pessoas foi movido pelo sentimento de isolamento que temos enquanto espaços independentes. Existem tantos trabalhos importantes e isolados no Brasil que o Encontro é uma forma de dialogar e buscar desembaçar a vista para repensar a independência. Será que somos mesmo independentes já que dependemos tanto de editais e leis de incentivo? Queremos trazer as instituições para pensar conosco”, dispara Henrique Fontes, diretor da Casa da Ribeira.
O diálogo tem como foco facilitar a construção de uma política pública e de circulação, visto que as Organizações movimentam outras instituições, além das comunidades no entorno de suas cidades e algumas delas têm reflexo fora do país, como é o caso do Grupo de Teatro Galpão de Minas Gerais. Entre os nomes estão espaços como Armazém 14 (PE), Atelier Subterrânea (RS), Campo das Artes (PR), Centro Cultural Piollin (PB), Fundação Brasileira de Teatro (DF), Fundação Brasileira de Teatro (DF), Espaço Crear Vale La Pena (Buenos Aires), entre outros. Do Rio Grande do Norte participam o Instituto Ludovicus, O Centro Cultural DoSol e o Conexão Felipe Camarão. Neste primeiro encontro foram convidados representantes de espaços que, através de suas ações, vêm desenvolvendo boas alternativas de fruição, acesso e continuidade das ações culturais em suas localidades.
Na programação que começa no domingo (28) às 19h com um jantar informal, estão dinâmicas, diálogos, troca de experiências e algumas surpresas para os participantes. “Teremos uma pergunta norte que é o que você deseja? E no encontro poderá tudo de resposta, menos qualquer coisa”, disse Gustavo Wanderley, diretor da Casa da Ribeira. No discurso dos organizadores, o principal está em puxar o próprio tapete e não ficar só na parte sustentável ao lançar a pergunta “que lugar ocupamos?”.

Espaços confirmados (em ordem alfabética) e seus representantes:

Espaços/instituições e seus representantes:
 
FUNARTE/ MINC – NE, Jorge Clésio, Tarciana Portela, Armazém 14, PE / Paula de Renor; Atelier Subterrânea, RS /Lilian Maus Junqueira; Campo das Artes, PR/ Luiz Alberto Melo; Casa da Arte de Educar, RJ/ Sueli de Lima Moreira; Casa Rua da Cultura, SE/ Lindemberg Monteiro da Silva; Centro Cultural DoSol, RN / Anderson Foca; Centro Cultural Piollin, PB/Ana Luisa dos Santos Camino; Conexão Felipe Camarão, RN/ Vera Santana; Fundação Brasileira de Teatro, DF /Francis Wilker de Carvalho; Fundação Casa Grande Memorial do Homem Kariri, CE / Francisco Alemberg de Souza Lima; Galpão Cine Horto, MG/ Francisco Paulo Pelúcio; Galpão das Artes, PE/ Fábio André de Andrade Silva; Instituto Ludovicus, RN/ Daliana Cascudo; Espaço Alpendre, CE /Francisco das Chagas Miranda Alves; Espaço Capacete, RJ / Helmut Batista; Espaço Crear Vale La Pena, Buenos Aires, AR/ Maria Florencia Rivieri; Espaço Cubo – Fora do Eixo, GO/ Felipe Altenfelder Silva; Espaço Muda, PE / Paulina Albuquerque; Espaço Mundo, PB/ Rayan Lins Cordeiro; Espaço O Barco, SP/ Gabriel Bezerra Pinheiro de Souza; Espaço Trilhos do Teatro, PI / Francisco Antônio Vieira(Pelle); Teatro Cuíra, PA /Wladilene de Souza Lima e Teatro Vila Velha, BA/ Vinicio de Oliveira

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